O
espaço da Cibercultura hoje é permeado de redes sociais online que a cada dia
se multiplicam, dão voz e aumentam a facilidade de interações entre qualquer indivíduo que se proponha a
participar de uma delas. A "democratização" da expressão trouxe
muitos benefícios à sociedade, como a facilidade de troca de informações, o
acesso a novos canais de comunicação e a descentralização do conteúdo midiático.
Mas
essa facilidade em acesso a informação e conectividade com o outro, trouxe um
aspecto negativo à comunicação em rede. De certa forma a internet se tornou um
ambiente de discordância de interesses e de discussões que nem sempre são
iniciadas com o propósito de acrescentar conhecimento ou algum outro tipo de
benefício ao próximo. O que vemos por aí muitas vezes são usuários
compartilhando seus pensamentos sem nenhum filtro de responsabilidade. E até
mesmo com intuito de agredir e expor a imagem do outro em rede.
Nos
murais como os da imagem acima, encontramos demonstrações de opiniões de
assuntos diversos como religião, política, esportes e muitos outros, que sempre
foram alvo de muitas discordâncias. Porém, em rede, o usuário parece se sentir
protegido pela distância entre os interlocutores. E por isso parecem sentir-se
a vontade para repudiar e desrespeitar o ponto de vista alheio. A rede parece
oferecer uma certa liberação dos pensamentos.
As
constantes manifestações que afloram pelo território são alvos de argumentação
ferrenha por defensores, opositores e defensores opositores. Particularmente o
grupo BlackBlock (reunião de manifestantes que acreditam numa luta mais
agressiva nas rua por seus direitos) são tema para prover manifestação de
intolerância gratuita. Os internautas ultrapassam os limites do saudável
ofendendo a personalidade, a opinião, as escolhas e as atitudes do outro como
se aquilo fosse parte de uma conversa natural entre Deus e o Diabo.
Recentemente o grupo de comédia
“Porta dos Fundos, foi alvo de duras ameaças em relação à um dos seus vídeos
publicados na rede.
O vídeo “Dura” que satiriza o trabalho do policial
corrupto, invertendo papeis entre cidadão e polícia.
Por expressar uma opinião que ofendeu alguns
policiais, o comediante Fábio Poerchat, recebeu duras ameaças em blogs
policiais e precisou registrar um pedido de proteção ao senado brasileiro.
A
web parece formar especialistas soberanos em determinadas ideologias, acima de
qualquer outra opinião inversa. De que formas podemos fomentar a liberdade de
expressão, sem racismo e preconceito? Comente!